30/05/2017

Diz que amanhã é dia dos irmãos!



E eu... Só para ser do contra, falo dos meus hoje! 
Um irmão é o melhor presente que um pai e uma mãe podem dar a um filho. E eu tive sorte porque os meus pais me deram dois. 
O primeiro é tão próximo de mim que não me lembro sequer da minha existência sem ele! Durante 11 anos éramos só nós os dois. Fazíamos tudo juntos! Até determinada altura até tomávamos banho juntos e dormíamos no mesmo quarto. As nossas brincadeiras eram sempre juntos e os disparates também. Quando brincávamos com as minhas barbies, eu deixava-o ser sempre o cavalo ou o carro. E ele era tão bonzinho que nem se importava. Andávamos constantemente à batatada mas não vivíamos um sem o outro. Ainda somos do tempo em que íamos a correr até ao carro para ver quem ficava com o lugar do meio e arrancávamos olhos e cabelos ao primeiro que lá chegasse. Naquela altura não se falava de cintos de segurança e muito menos de cadeiras elevatórias. Até ele começar a ser maior do que eu e eu desistir de o espancar. A última vez que nos embrulhámos no chão à pêra, eu tinha 13 ou 14 anos. O cabrão roubou-me o comando da televisão enquanto fui à cozinha e mudou de canal. Nesse dia, ele mostrou-me que ser o mais novo já não significava ser o mais fraco. Desisti! A partir daí continuámos inseparáveis mas já não andávamos à batatada. 
Fui eu quem se deitou em cima dele quando ele apanhou uma bebedeira doida e ficou com um ataque de hipotermia. E fiquei ali deitada a tentar aquecê-lo até ser dia e ele estar em condições de podermos voltar para casa sem os meus pais descobrirem. 
Mas também foi ele que me fechou na varanda com as persianas para baixo para os meus pais não me ouvirem a pedir socorro! E também foi ele que, no dia em que me separei, me apareceu em casa com um mojito na mão e um maço de cigarros e ficou comigo na varanda até às 2h da manhã. 
Sacaninha... Agora é feliz lá no outro lado do Mundo! E eu estou muito feliz por ele!!! Mas que me faz muita falta, ahhhh se faz!!! Contento-me com o WhatsApp, o FaceTime e as férias de emigrante uma ou duas vezes por ano. 

Depois veio o mais novo. Nem imagina o quanto esperei pelo dia em que nasceu!!!
Foi com ele que aprendi a ser mãe. Que aprendi a mudar fraldas, a cuidar de um bebé e a gostar incondicionalmente de  alguém. Não que não gostasse incondicionalmente do do meio, mas este ensinou-me a gostar de alguém como quem gosta de um filho. 
Até a reuniões de pais e a consultas no pediatra eu o levei quando os meus pais não estavam. Esse também se fez homem! E hoje em dia é ele que anda comigo ao colo. 

Tenho pena de não ter tido uma irmã. Mas não trocava nenhum deles por irmã nenhuma. 

São os dois padrinhos dos meus filhos e tenho a certeza que não podia ter escolhido melhor!!! 

Tenho uma sorte tremenda com os irmãos que me calharam. 

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