31/01/2017

Tirem o Inverno de mim!!!

Até podia queixar-me do frio! Que até é uma coisa que me aborrece... Mas estamos em Janeiro e isso seria ridículo. 

O que eu já não aguento mais, são os efeitos secundários do frio! A comida! A fome! A vontade de comer!!! A necessidade de encher a pança!! 

Acordo a pensar no pequeno-almoço. 
Passo a manhã a sonhar com o almoço. 
Almoço a pensar no que vou comer com o café. 
Babo a pensar no lanche. 
Como a fazer o jantar! 
E sonho com doces depois de arrumar a cozinha! 

Ou o frio acaba e esta necessidade energética do meu corpo pára, ou podemos passar directamente para o Outono porque eu não vou conseguir enfiar-me dentro de um fato-de-banho...

30/01/2017

A semana começa com um thriller dramático!

Eu vi-a! Vi mesmo! Vinha a voar às cambalhotas como um avião descontrolado. Tanto a vi que quase sai da minha faixa de rodagem! 

E no meio de tantos mortais encarpados e parafusos no ar, ela veio enfaixar-se mesmo no vidro do meu carro! 

E foi nesse momento... Foi nesse preciso momento que a imagem que os meus filhos tinham de mim ficou esparramada no meio do chão como um vómito ou uma diarreia... 

- Mãe!!!.........

Aquele "Mãe" ecoou na minha cabeça como uma sentença... 

- Mas!!! A culpa não foi minha!!! 
- Mãe..... A mãe podia ter desviado! 
- Mas como?!?! Eu tinha um passeio de um lado e um carro do outro! 
- Coitadinha dela...... 

E foi assim... Foi assim que uma camela de uma gaivota embriagada (e provavelmente acabada de sair de um After Hour com substâncias duvidosas à mistura) conseguiu estragar uma das poucas manhãs em que saímos felizes, sem pressas e sem gritos! 

A minha imagem perante os meus filhos ficou manchada como a mãe-assassina-que-não-desviou-o-carro-para-cima-de-outro-condutor-para-salvar-uma-gaivota-com-problemas-de-adição....

Tenham uma boa semana! 

29/01/2017

Miúdas, protejam-se!

- Mãe, acho que devíamos fazer uma negociação! Proponho o seguinte: se eu conseguir ficar um dia inteiro sem dar beijinhos ao Mr Darcy, nunca mais como maçã na minha vida! Então? O que acha?

28/01/2017

Tirem os padrões às crianças! E aos professores! E aos pais!

O sistema escolar do nosso país não foi feito para crianças. Nem para professores. Foi idealizado por políticos barrigudos que nada percebem nem de crianças nem tampouco da profissão de professor e educador. 

Em vários países chamam-lhe Kindergaarten (Jardim Infantil). No Brasil chamam-lhe Jardim Escola. Cá chamam-lhe Pré-Escolar! Em tempos chamaram Jardim de Infância, mas algum ignóbil de fato e gravata achou melhor alterar. Provavelmente para nos meter nos padrões europeus de qualquer coisa. 
O teu filho de 3 anos está no pré-escolar! Quando devia era estar no Jardim Escola. Até aos 7 anos de preferência. E não era menos inteligente, por aprender a ler quando chegasse a altura dele. Era sim mais feliz porque brincou até o corpo e o cérebro pedirem momentos alargados de concentração em cima de livros. 

Os nossos filhos são avaliados por um método que apenas quer saber se ele corresponde ao padrão! E o que é o padrão? Quem criou o padrão? Ninguém sabe o que raio é o padrão! Nem quando foi inventado. E quanto mais evoluímos, mais o padrão mata crianças e estrangula professores e angustia pais! 

Os adultos quando são crescidos são jornalistas, advogados, artistas, médicos. São-no porque têm gostos diferentes. Dons diferentes. Apetências diferentes. Têm até ritmos de raciocínio, de pensamento diferentes. E ninguém está a dizer que um médico é maior ou menor que um advogado ou um artista. 

Uma criança, na sua fase mais criativa, na fase mais importante de aprendizagem e de descoberta, de pujança de sentidos, não tem direito a isso. Tem o dever de pertencer a um padrão. E se a criança não estiver no padrão, temos de nos preocupar. Porque não faz igual aos outros! Está fora do ritmo! Do que é esperado dela. E o professor encostado a uma parede com a faca das metas, dos objectivos, dos currículos ao pescoço, sem conseguir chegar com o braço às crianças. 

- A criança já devia andar! 
- A criança já devia contar! 
- A criança já devia ler! 
- A criança já devia................. 

Eu não quero que os meus filhos e os meus alunos façam igual aos outros! Eu quero que eles se descubram. Que eu os descubra. Que os professores deles os descubram. Eu quero que eles descubram o Mundo. Eu quero que eles explorem o espaço e o Mundo à sua volta e que os adultos respeitem o tempo deles. E o problema é que quem quer respeitar o ritmo de uma criança não pode! Porque estamos todos dentro de um sistema que não permite. 

Porque não chamam ao pré-escolar Jardim Escola? E porque não chamar  pré-escolar a um novo patamar antes da escola. Com 5 anos a criança passaria  para o pré-escolar e ali ficaria até aos 7 anos! A fazer descobertas incríveis. A fazer ciência, jardinagem, construções. A trepar paredes e árvores. A aprender contas com as poças de água e as pedras do parque e a aprender letras deitada em almofadas. Enquanto ouve lenga-lengas e sonha com elas. A descobrir quais os seus dons. A observar os dons dos amigos. A absorver Mundo para dentro de si e a deixar Mundo no coração dos outros. 

E depois disto, sentaríamos as crianças na sala de aula. Dar-se-iam as aulas no quadro, fazer-se-iam fichas nos manuais. Mas sempre que uma pergunta surgisse, sempre que algo acontecesse, sempre que o Mundo exigisse (o Mundo de uma criança) o professor pararia! Escutaria! Responderia! Com tempo, com vontade, sem pressa. Felicitaria as descobertas e os sucessos! Encorajaria a superação. Motivaria! Gritaria de alegria! Daria murros na mesa, mas de emoção! 

Enquanto não pararmos de apontar o dedo às dificuldades, enquanto não pararmos para aplaudir os sucessos (os grandes e os minúsculos), enquanto decidirmos quem passa de ano ou quem devia ficar só através de uma data de nascimento, ou de uma suposta adequação (ou ausência dela) a um padrão, enquanto tentarmos encaixar as crianças como peças de puzzle dentro do padrão de um sistema retrógrado, imbecil e altamente desmotivador, vamos continuar a ter crianças frustradas, infelizes, desmotivadas, pais angustiados, desesperados e cansados e professores exaustos e desmotivados. 

Só que eu não sei como fazer isto! E tenho muita pena de já não o poder fazer a tempo dos meus filhos. 

27/01/2017

Pára! Escuta! Olha!

Todas as 6ªs feiras levo os meus 25 pequenos-seres-humanos a lanchar com um grupo de enormes-seres-humanos. 

Achei que o convívio daquelas pequenas criaturas em desenvolvimento com as outras grandes criaturas na recta final de um longo caminho ia ser saudável. Educativo. Rico em aprendizagem e partilha. 

Achei que crianças que já não têm avós velhinhas de bengala deviam conviver com avós velhinhos de bengala que vivem longe dos netos. 

Só que andei frustrada durante umas semanas. Porque naquelas mesas, entre chávenas de leite e pão com manteiga a riqueza estava apenas na luz que entrava pela  janela. Via avós cansados com olhar vazio e crianças enérgicas que não se identificavam com aquelas almas cheias de experiência mas com pouca energia. 

Via as crianças conversarem entre si, com os disparates próprios da idade e avós que sorriam por cortesia e ralhavam comigo quando ralhava com eles. 

- Deixe estar menina! São crianças. Não se arrelie. 

Mas arreliei-me! Não com as crianças. Mas comigo mesma. Mas como pude eu pensar que sentar crianças de 5 anos a lanchar com idosos ia ser uma experiência enriquecedora? Fui demasiado romântica! Foi como pegar  nos frascos de tinta, pousá-los ao pé de um quadro e ficar à espera que, por magia, a obra de arte nascesse. 

Resolvi sentar-me e reflectir. Eu nunca lhes tinha explicado o que era uma pessoa idosa. Eu nunca sequer lhes expliquei para que serve uma pessoa idosa. Achei do alto da minha presunção que bastava sentar uma criança à frente de um idoso e que algo de bonito aconteceria. 

E então pensei! E pensei e expliquei. Expliquei que um idoso é uma pessoa maravilhosa cheia de histórias para contar. Expliquei que um idoso já foi criança como eles. Expliquei que ser criança na altura daquele idoso, não era como ser criança como eles. Expliquei que um idoso já sorriu, já chorou, já dançou, já trabalhou, já festejou, já sofreu. Trabalhou a vida inteira, teve filhos e netos. Lutou pela sua família e pelos seus ideais. Provavelmente já foi à guerra ou até lavou roupa num tanque. Criou filhos seus e, quem sabe, de outras pessoas. Expliquei que alguns ouviam mal porque já tinham ouvido tantas coisas pela vida fora. Expliquei que alguns viam mal por já terem visto tantas coisas pela vida fora. Expliquei também que alguns até já andavam mal por estarem cansados ou por terem trabalhado tanto. 

Pedi-lhes que olhassem para eles com o coração! Que lhes fizessem perguntas. Que os escutassem. Que lhes dessem o respeito de quem já viveu mais do que eles alguma vez viverão nos próximos 30 anos. 

De repente os olhos deles começaram a brilhar. De repente perceberam o tesouro que tinham à sua espera, na mesa, para partilharem uma caneca de leite e um pão com manteiga. [E tinham tão mais que isto para partilhar!]

Entraram entusiasmados. Saltitaram até às mesas. Nos seus olhos via-se a curiosidade que sentiam no coração. 
Pela primeira vez vi aquela sala cheia de sorrisos. Vi idosos a falar como nunca. Vi conversas longas. De perguntas e de respostas. De histórias do antigamente e de pequenas cabeças a magicar como teria sido ir para a escola a pé, sem os pais e ir a seguir trabalhar no campo. Falava-se de aldeias, de molhar o pão na sardinha, de brincar com 9 irmãos e de jogar à bola com vizinhos. Dos nomes dos irmãos, dos filhos e dos netos. 

Vi corações velhinhos e corações pequeninos a baterem ao mesmo ritmo. E eu fiquei ali... A olhar e a sorrir. E a pensar que a magia não acontece porque a imaginamos. É preciso parar, escutar e olhar! Muitas vezes olhar com o coração. E empurrar a magia para o ar! 

(O meu voltou cheio para casa!) 

26/01/2017

Faz, não faz... Pensa, não pensa...

Aquilo que esperamos dos outros, os outros não têm culpa! 

A maior parte da expectativa que temos em relação ao próximo tem a ver com as nossas experiências passadas. Não necessariamente más. Mas uma espécie de trouxa de uma mixórdia de sentimentos que fomos enfiando lá para dentro depois das experiências que tivemos no passado. 

Noto isso em todo o tipo de relações que estabelecemos na nossa vida. Mas se virmos as amorosas, é ainda mais gritante. Tanto do nosso lado em relação aos outros, como do lado dos outros em relação a nós. 

Reunimos todas as experiências boas e más e desenhamos milimetricamente a pessoa que esperamos que esteja do outro lado. Não deixando sequer espaço para o benefício da dúvida. 

Se no nosso passado houve alguém que adorava ver o pôr-do-sol e isso nos agradava, esperamos que o outro adore ir ver o pôr-do-sol também. 

Mas se no nosso passado houve alguém que ressonava de noite e isso nos enervava profundamente, então esperamos que o outro não só adore ir ver o pôr-do-sol, como também não ressone. 

Não damos espaço ao outro de mostrar que tem qualidades e defeitos diferentes que podemos gostar e detestar em novo. 

Mas pior ainda, é o outro sentir o mesmo em relação a nós. Porque é muito mais enervante. Que culpa temos nós que alguma tipa no passado tenha tido tiques estranhos que deixavam o homem possuído. 

O mesmo acontece em relação aos erros que vamos comentendo. Enfiamos na cabeça que não podemos voltar a fazer determinadas coisas. E isso parecia-me óbvio até há pouco tempo. Agora parece-me só parvo. Porque o que funciona com uns não funciona com outros. E aquilo que foi um erro com uma pessoa pode vir a ser a fórmula certa com outra. 

No fundo passamos a vida em tentativas erro. Passamos a vida a questionar e a por tudo em causa. Passamos a vida a medir os nossos passos, a medir as consequências. Se calhar, com tanto cuidado, com tanta preocupação e com tanta expectativa, esquecemo-nos de viver. 

Já sei! Agora vou aprender a ser espontânea. Se calhar daqui a uns tempos já acho isto tudo ridículo outra vez! 

[ou então vou só tomar os comprimidos!]


25/01/2017

Os desarranjos intestinais estão pela hora da morte!!!

O meu filho hoje teve uma descarga intestinal! 
Antes de ir para casa, passei no supermercado e na farmácia. 
8€! Mais de 8€ foi quanto paguei pelo remédio que o miúdo precisava! 
Cheguei ao rapaz do talho e pedi dois peitos de frango. (Tudo corrido a dieta que não estava para fazer dois jantares diferentes...) 5€! Paguei mais de 5€ por dois peitos de frango!... Mas eram peitos de uma galinha que foi à Colômbia por silicone? Os peitos vêm acondicionados num soutien da Victoria Secret??? Não!... Eram apenas dois peitos de um franganote qualquer que nem teve tempo de sair da adolescência. 
E assim gastei praticamente 14€. Numa diarreia. 

Acho melhor servir-lhe o pozinho num copo de balão com pé alto e tirar o serviço de cerimónia para o jantar. 

Borrar as cuecas está pela hora da morte! 

24/01/2017

Na lancheira da minha filha

Não é fácil dar a volta à imaginação de forma a mandar lanches nutritivos, saudáveis e apelativos todos os dias!



Tenho de mandar dois lanches por dia, cinco dias por semana! E juro que isso me ocupa uma parte do meu tempo útil para não me tornar repetitiva. 

Esta semana fiz uma óptima descoberta graças à Nestlé! O novo Iogolino com sabor a framboesa! Não são só os bebés que gostam de variar os sabores! Os nossos pequenos estudantes também precisam de inovar e, de preferência, de forma saudável. À fruta e ao pão integral com fiambre, esta semana também juntei um Iogolino de framboesa. A parte boa é que, além de nutritivo e de não ter glúten, é que tem uma embalagem especial que é selada hermeticamente e que não precisa de frio. Fazendo o Iogolino perfeito para as lancheiras do colégio que ficam o dia todo fora do frigorífico. E esta minha bebé que já não é bebé nenhuma, foi deliciada para o colégio com o seu novo lanche da manhã.



23/01/2017

Acabou-se!!! Não estou 'pra isto!

Quero o mês de Junho de volta! 
Quero o pôr-do-sol depois do jantar! 
Quero os espirros bem longe! 
Quero o frio pelas costas. 
Quero a casa sempre arrumada. 
A roupa toda lavada. 
Quero os filhos sem TPC's! 
Quero o depósito sempre cheio. 
A conta sempre folgada. 
Quero comer sem engordar!
A despensa sempre cheia. 
Filmes bons na televisão. 
Viajar uma vez por mês. 
Nunca ficar com cieiro. 
Não ter menstruação. 
Nem pelos para cortar. 
Quero as pessoas sempre a rir. 
Andar de carro sem trânsito. 
As musicas preferidas na rádio. 

Assim de repente... acho que não precisava de mais nada! 

Para já! 

22/01/2017

Isto vai de bom a melhor!

Sempre quis ser mãe. Sempre quis ter filhos. Mas imaginava-me sempre com bebés à volta. Cheios de chupetas, carrinhos, folhinhos e água de colónia cheirosa. Com toucas de renda e sapatinhos. Muito ao estilo dos livros da Anita que eram os meus preferidos. 

Mal sabia eu que o melhor era a seguir! 

Quanto mais crescem mais eu gosto! Quanto mais se desprendem das minhas asas, sem saírem debaixo delas, mais eu gosto! 

Gosto da companhia que me fazem, das conversas que temos, das ideias que já não são minhas mas deles. Adoro as pequenas grandes pessoas em que se estão a transformar. Adoro que opinem, adoro que me peçam opinião, adoro que a deles seja diferente da minha. Que a saibam defender e por vezes até fazer-me ver que eles é que estão certos. 

Adoro que eu já não faça programas para eles mas que façamos programas juntos. Que façamos planos juntos. Que sonhemos juntos. 

E mesmo não tendo planeado esta realidade de fins-de-semana divididos, por melhor que me saibam os fins-de-semana de solteira, sabem-me cada vez melhor os fins-de-semana com eles. E tenho cada vez mais vontade de descobrir coisas novas com eles porque estas idades já se prestam a novas aventuras em conjunto. 

Sempre quis bebés à minha volta e mal sabia eu que o melhor estava a seguir!!! 



20/01/2017

Quero conhecer o pai do amigo do meu filho!

- Mãe, podia fazer um vídeo meu e mandar para a Rádio Comercial? 
- Para quê? 
- Para eu ficar famoso e ter hotel à borla para irmos passar férias! [este miúdo cansa-me os neurónios!!!]
- E quem te disse que os famosos têm hotéis à borla? 
- O pai de um amigo meu é famoso e tem! 
- O que faz o pai do teu amigo? 
- Trabalha na área musical. [ele acabou de dizer isto??] 
- Como se chama? 
- Não tenho a certeza... Mas acho que é Seu Jorge! 

19/01/2017

Os momentos em que sentes falta de um marido!

Quando está um frio do catorze e tu gostavas de dizer:
- Xuxuzinhoooooo!!!! Não te apetecia ir passear o cão a seguir ao jantar? 

Quando está um frio do catano e te apetecia dizer:
- Gôdoooooooo!!!!! Não queres ir tu levar o lixo lá abaixo? 

Quando está um frio que dói e te apatecia dizer:
- Tituxoooooooo!!!!! Esqueci-me de comprar pão e já tenho as crianças de pijama e está um frio do caraças e não consigo sair de casa sem comer pão, não te importavas de trazer pão quando viesses?

Quando está um frio de morte e te apetecia dizer:
- Kiduxinho da sua gôdaaaaaa!!!! Não te apetecia que eu enfiasse os meus pés glacialmente gelados no meio das tuas pernas apetecivelmente mornas, para que eu possa me aquecer nos teus 36ºC corporais? 

Quando está um frio dos cornos e te apetecia dizer:
- Daniel Alexandre da sua kiduxaaaaaa!!!!!! Não te apetecia possuir-me selvaticamente por forma a aumentar o meu calor corporal e conseguir adormecer sem bater o dente, esconder as mãos debaixo da sovaqueira e entrelaçar os pés um no outro, que já estão com 3 pares de meias mas que continuam gelados comó caraças? 



Pronto era isto! Resumindo, quando está um frio que não se aguenta!!

17/01/2017

Eles fazem planos!

Juntos! 

Ele - Quando for grande vou comprar uma mota igual a esta!
Ela - E um carro? Não vais querer um carro? 
Ele - Claro! Um carro e uma mota. 
Ela - Eu também! Vou ter de comprar uma casa com garagem. 
Ele - Eu também vou precisar! Podíamos comprar a meias e ficava mais barato! 
Ela - Boa ideia! 
Ele - E como a mãe não vai lá estar, comprávamos imensos chocolates para comermos!!! 
Ela - Oh Vicente! Também precisamos de comida! Pelo menos um bocadinho! 
Ele - Ohhhh.... Está bem... És mesmo chata!!! 
Eu - Então e os vossos marido e mulher? Vão viver todos juntos? 
Ele - Eu só vou ter namoradas! Não quero casar. 
Ela - E eu vou fazer uma operação para não ter filhos! Por isso, se calhar, também não me caso! 
Ele - Boa! Assim ficamos com a casa só para nós! 




Estou entre o...
- Oh que queridos a planearem o futuro em conjunto! 

E o... 
- Espera lá que há aqui qualquer coisa que não está a acontecer como planeado! 

16/01/2017

Brancos ou castanhos, eis a questão!

Estava eu a lavar as mãos. Vi um novo cabelo branco espetado ao pé da fonte e  resolvi abrir uma melena de cabelo.

Eu sabia que eles já lá estavam. Já sofri com a sua existência. Não ligo. Acho até uma certa promoção de estatuto. Agora já sou uma pita com cabelo de crescida. 

A única questão é... Agora são milhões! E todos os novos são brancos. Não se vêem a olho nu. Só levantando as melenas. Mas são mesmo milhões. Vá centenas. (A emoção está a tomar conta do meu bom senso.) 

Não sei que faça. Se os pinto, se não pinto, de que cor pinto [se calhar aproveitava para me transformar em loira!] 

Se pintar, tenho de passar a pintar sempre. Se não pintar vou transformar-me numa quarentona solteira de cabeça cinzenta. Não é uma imagem que me agrade.

Esta senhora não cobriu os brancos e casou com o Maverick!


É que a expectativa é esta...


Mas eu tenho medo que a realidade seja esta! 

13/01/2017

Ver o lado positivo da coisa!

Ir passear o cão quando estão 8ºC lá fora podia ser péssimo! À primeira vista. Mas depois quando te baixas para apanhar um cagalhão que fumega no meio do passeio e de forma agradável sentes um volume que se encontra a 38ºC na tua mão, até ficas com vontade de ir ao caixote do lixo seguinte, só para aproveitares o momento de conforto. 
Tudo na vida tem um lado positivo. O de passear um cão quando estão 8ºC lá fora, é este! 


12/01/2017

Eles não sabem a sorte que têm!

Uma das grandes diferenças entre a minha geração e a geração seguinte chama-se internet.

Durante a minha adolescência, a internet apareceu na sua forma mais primitiva! Para já, era caríssima! Os pais vedavam o acesso à internet a uma horinha depois do jantar. E o pior é que essa era a hora de maior tráfego, por isso, nunca conseguíamos ligação à primeira! Sim! Nós tínhamos de conseguir ligação! E ouvir aquele barulho irritantíssimo do rooter. E depois rezávamos para a mãe não ter de telefonar a ninguém porque não havia telemóveis e ou funcionava o telefone, ou funcionava a internet!!! 

Depois, não havia grande coisa a fazer lá além de sacar músicas fora da lei (que duravam horas a sacar!) ou fingir que éramos uma loira de seios pujantes para gozar com os nossos amigos no MIRC. 

"Ddtc" e "m/f" eram apenas as primeiras perguntas às quais tínhamos de responder. Foi aqui que surgiu o "lol" no nosso vocabulário.

Mas o que invejo mesmo no facto de terem uma "nova" internet na geração seguinte, é a existência do Google! Hoje em dia, conseguem ouvir a música que querem quando querem. Nós sacávamos músicas em sites piratas e ficávamos horas infindáveis à espera que a música descarregasse. E conseguem também ter acesso às letras das músicas!! Nós não! Tínhamos de ter a cassette pronta para gravar e ouvir o programa de rádio do início ao fim até conseguirmos apanhar a música que queríamos! (E rezar para que o camelo do locutor não debitasse o boletim meteorológico a meio da música)
E para sabermos as letras, tínhamos de a ouvir várias vezes. E púnhamos no pause de 2 em 2 segundos para podermos escrever a letra num papel. (Sim! À mão!) E voltávamos para trás para ter a certeza do que o cantor dizia. Era todo um processo complicadíssimo! E se não tivéssemos um bom nível de inglês, só saía asneira...

Ontem estava no carro com os meus filhos enquanto fazia um zapping pelo rádio. Parei imediatamente assim que ouvi o John Bon Jovi a cantar o Always! Mas não parei simplesmente... Parei com um "Ahhhhhhhh!!!!!!! Não acredito!!!!!"

E lá ia eu feliz a cantar altíssimo com todo o meu fervor romântico à flor da pele e à flor das cordas vocais. (Não queiram saber!) De repente, constatei em estado de choque que não sabia a letra da música. Embora eu achasse que sim! Mas claramente não!

- And iiiiiiiiiiiii will love youuuuuu
Babyyyyyyyy! Always and I'll be there
Forever and a beeeeee
Alwaysssssss
I'll be there till the starannnnssaaajbb
Till the abshfkaaaasaaaaaaa and the sannndaasjtaaan
Satenasendaaa you'll be on my mind!

E pior! Lembrava-me exactamente de como cantava e cantei exactamente igual.

Mas isto piora ainda! Ouvir a minha filha de 8 anos a dizer: "A mãe não sabe a letra pois não?"

Corta tesão! Foi o que foi! 

Vim a correr para casa procurar a letra. E digo-vos que isso estragou a magia toda da letra que fantasiei. Ainda que num inglês arcaico de origem chinesa. 

Olhem, sabem que mais? Vão lá aqui ouvir isto bem alto! Lembrem-se dos linguados que deram ao som disto (que eu saiba a internet ainda não mudou a forma de chafurdar com as línguas uns nos outros) e cantem! Como cantaram sempre, que assim tem muito mais sentimento!!!


11/01/2017

Efeito bibidibobidibu pela matina!

A parte extraordinária de te maquilhares no carro de manhã, é o efeito de metamorfose que passas em cerca de 10 minutos no meio dos semáforos. 
Basicamente, quando sais de casa e olhas para o espelho do elevador  deparas-te com um rabo! Assim ao nível do rabo da avó do Trump. 
Quatro semáforos encarnados depois, continuas a parecer um rabo! Mas pelo menos já consegues imaginar o rabo de uma tia da Claudia Vieira! 

09/01/2017

Os fenómenos do Entroncamento da Maternidade!

"Só vais perceber isso quando tiveres filhos!" 

Esta é a frase mais chata e insuportável que uma mãe[zinha] pode dizer a uma não-mãe[zinha]! Mas ao mesmo tempo a mais verdadeira!!! [Não há pachorra!...]

Tal como estes fenómenos que nos vão acontecendo ao longo do dia! Só quem passa por eles entende! 

• Sair do trabalho a voar para os ir buscar a morrer de saudades (especialmente à 2ª feira, não sei porquê!) e 3 minutos e meio depois de entrarem no carro soltares um: MAS VAMOS COMEÇAR É?????? 
Tu sabes que te vais chatear todos os dias no carro depois da escola! Mesmo assim continuas a ir buscá-los a morrer de saudades!!!

• - Mãeeeeeeeeeee!!!!! Tenho fome!!!! Posso comer alguma coisa??? 
- Está quase na hora de jantar! Queres fruta?
- Nãoooooo!!! Quero bolachas!!!! 
- Não há bolachas a esta hora senão não jantas!! Só pensas em comer porcarias...

A criança está a falar aos gritos contigo porque está na sala e tu estás na cozinha a enfardar batatas fritas e pão com manteiga enquanto lhe lembras que só pensa em comer porcarias! 

• Ninguém sabe porquê! (Embora eu acredite que haja uma equipa de cientistas a estudar o caso há muitas centenas de anos) mas, sempre que te instalares confortavelmente na retrete para teres o teu momento, haverá sempre algo incrivelmente fabuloso a acontecer na sala e que precisa da tua presença com urgência! 
- Mãeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!
- Já vouuuuuuuuuuu!!!!!
- Tem de vir rápidooooooo!!!!! 
- Já vouuuuuuu!!!!! 
- Mas tem de ver istooooooo!!!!!! 
A tua vontade era gritar "ESTOU A CAGARRRRRRR PORRAAAAAA!!!!!"
Mas em vez disso dizes:
- Mete no pauseeeeeeeeee!!!! 
E quando lá vais era apenas a histérica da Luna a fazer piruetas em cima de uns patins! 

• Já experimentaste marcar um programa daqueles mesmo mega? Mas com mega antecedência! E ficares mega ansiosa por ires!!! Já experimentaste?? Hás de verificar que eles arranjarão forma de apanhar uma virose qualquer daquelas que ninguém sabe o nome mas que dão febre, vómitos, diarreia e terríveis e contagiosas manchas na pele! E quando desmarcares tudo e começares a ver as fotografias das tuas amigas a divertirem-se à grande nas redes sociais, eles ficam óptimos e os sintomas desaparecem num segundo!! 

• A partir de uma certa idade (das crianças! Não tua!) acaba com os telefonemas à frente deles! Especialmente daqueles que metem fofocas deliciosas. Eles vão ficar calados que nem um rato e tu vais achar que eles não toparam nada da conversa! Até chegares ao pé da tua manicure, do pediatra, de uma menina da caixa do supermercado ou da senhora que limpa as casas-de-banho do shopping! Com sorte trocam a história toda e ainda a contam como se fosses tu a protagonista do evento. 

E ainda assim tu continuas a achar a Maternidade maravilhosa! (E isso também é um fenómeno do Entroncamento!)


05/01/2017

I feel good! Tanananananana


Quando és mulher [com menos de 1,60m] e vives sozinha [filhos com menos de 1,80m não contam!], há determinadas coisas que deixam de acontecer em tua casa. [Qual sexo??? Qual quê!!!] 


Mudar lâmpadas é uma delas! Principalmente quando estamos a falar de lâmpadas do tecto. Principalmente quando estamos a falar de lâmpadas do tecto que não são lâmpadas, são focos. [E tu nem sabes comprar aquelas merdas!] 

A minha casa-de-banho possui 5 pontos de luz no tecto, que foram falecendo um a um desde 2012. E sempre que um ponto de luz falecia, eu ficava a olhar lá para cima...

- Caroço! Como se não me bastasse não chegar ali, nem sequer sei que tipo de foco está lá enfiado. E muito menos como remover aquilo!

E o tempo foi passando... até ficar com apenas um foco no tecto e descobrir que tenho uma óptima visão-quase-nocturna e já só conseguir por rímel nujólhos naquele cantinho da casa-de-banho que era o único que tinha luz. 

Ainda pensei esperar que me entrasse um macho com quem mantivesse mais que uma cambalhota ocasional para lhe poder pedir que me mudasse as lâmpadas do tecto. [Qu'isto de fazer bricolage na casa "dela" já sugere um elevado nível de intimidade, quiçá um passo importante na relação!] Como estou a ver o caso mal-paradíssimo [e o último dos focos acabou por falecer] achei que devia meter as mãos à obra! 

Comprei os ditos focos, subi ao tecto (nem conto que foi montada no cesto da roupa suja!... Em bicos de pés!!! [Se o Cirque du Soleil descobre, ainda me contrata!) e lá consegui perceber como se fazia aquilo! 

Só vos digo que agora tenho de entrar na casa-de-banho com óculos escuros! E que descobri imensos cabelos brancos na minha cabeça. E que, se continuar a perceber que afinal consigo fazer quase tudo sozinha, sou capaz de aproveitar mais uns tempos disto!!! 

04/01/2017

Quando isto der merda, a culpa é tua!!!

Esse filho a quem não obrigaste a pedir desculpa depois de ser malcriado, vai ser o médico que nem vai olhar para mim quando eu for velhinha! 

Esse filho a quem não obrigaste a agradecer um gesto, vai ser o tipo execrável do guichet das finanças quando eu precisar de lá ir! 

Esse filho a quem não ensinaste a cumprimentar as pessoas quando chega, vai ser aquele gajo insuportável que não vai oferecer nem um sorriso aos clientes no balcão da farmácia! 

Esse filho a quem não ensinaste a respeitar os mais velhos, vai ser aquele idiota que não vai dar passagem às velhinhas na fila do supermercado! (Azar o dele que agora paga-se multa!)

Esse filho a quem passaste a vida a elogiar, mesmo quando não mereceu para não ficar traumatizado, vai ser aquele filho-da-mãe que me vai sacar o lugar de estacionamento no shopping! 

Esse filho a quem não obrigaste a insistir quando não conseguia fazer alguma coisa e foste fazer por ele, vai ser aquele banana que não vai saber lidar com a discussão que teve no trabalho com o filho que não foi obrigado a pedir desculpa em criança! 

E assim os teus filhos vão educar os teus netos! E assim os teus netos vão educar os teus bisnetos! 

Mas depois vens dizer que não há esperança na Humanidade! 

Parem de não obrigar as crianças a pedir desculpa, a dizer olá! e obrigado! Parem de não deixar as crianças desenmerdarem-se com os botões da camisa, o fecho do casaco e os atacadores! Parem de elogiar quando fazem merda! Parem de dizer "a mãe trata!"  

Humildade, generosidade, empatia, perseverança, educação e resiliência são ferramentas adquiridas na infância, não aparecem por magia quando a criança for adulta! 

Se querem mudar o Mundo, comecem dentro da vossa casa. 

Conversa de Mister

No carro, obviamente!! 

Eu - Meninos, hoje é o primeiro dia do 2º período! A mãe tem uma boa e uma má notícia para vos dar. Então é assim! Este período é o mais comprido e o mais chato de todos. Se vocês não puxarem agora para cima as notas mais fracotas, dificilmente vão ter tempo de o fazer no 3º período que passa a voar! Por outro lado, têm agora imenso tempo para se esforçarem! Para irem todos os dias ao estudo fazer os trabalhos direitinhos, para se portarem bem nas aulas e estarem com atenção. Se o fizerem, já é meio caminho andado para terem óptimas notas! Percebido? 

Vicente - Sim! Mas a mãe não tinha dito que havia uma boa notícia? 

03/01/2017

As saudades renegaram a rotina!!!

Voltou!!! O meu Natal voltou!!! Entrou pela porta em formato de ano novo. E o ano começou agora. De novo e de vez! 

Vieram cheios de alegria e histórias para contar. Vieram com aquele cheiro que só a mãe é que sente, com aquela voz que nos enche o coração pela via dos ouvidos. Vieram grandes! Enormes! Crescidos em todas as palavras que diziam e em todos os suspiros que me deram enquanto os abraçava. Enquanto os abafava de saudades. 

Hoje puderam tudo! Puderam tomar banho mais tarde, puderam escolher panquecas para o jantar, puderam até jantar à frente da televisão. E eu? Eu jantei calada. Depois de ouvir tudo o que tinham para contar e a olhar para eles como se os visse pela primeira vez. 

O barulho voltou a esta casa. E esta mãe está feliz por isso! 

02/01/2017

Este estigma que nos persegue!

A maior parte das mulheres são apenas (como se isso fosse pouco) isso mesmo. Mulheres! 
Não importa se são mães, avós, advogadas, professoras ou empregadas de balcão. Depois há AS OUTRAS, as divorciadas. Essas, pouco são além disso mesmo. Mulheres-divorciadas. Mesmo que essas mesmas sejam também mães, avós, advogadas, professoras ou empregadas de balcão. As mulheres casadas não são mulheres-casadas, as mulheres viúvas não são mulheres-viúvas. Por alguma razão que o Mundo desconhece [e eu também], a sociedade quer que as divorciadas carreguem o "divorciada" como se fosse um complemento circunstancial absolutamente necessário à determinação de carácter das mesmas. 

É assim uma espécie de aviso! 

Ninguém diz: Vou levar uma amiga em união de facto! 

Mas diz-se: Vou levar uma amiga-divorciada! 

E depois a amiga aparece com uma espécie de letreiro luminoso em cima dos cornos a avisar o perigo. 

Porque toda a gente que sabe que uma mulher-divorciada não faz mais nada na sua vida para além de caçar. E obviamente também se sabe que a mulher-divorciada-caçadora o faz em qualquer lugar, altura ou situação. Em casas-de-banho públicas, filas de supermercado, no estacionamento do colégio, em casa de amigos e na sala de espera de consultórios. É óbvio! É uma necessidade nossa... 

As pessoas acreditam que a mulher-divorciada-caçadora-devoradora-de-homenzinhos não tem qualquer tipo de filtro, carácter ou discernimento e por isso escolhe as presas independentemente do seu estado civil, económico, de espírito ou embriaguez. 

Pouco há a fazer-se em relação a isto. Embora eu nem vá mencionar o perigo que isso representa tendo em conta que as pessoas ficam tão focadas em protegerem-se das mulheres-divorciadas-caçadoras-devoradoras-de-homenzinhos-destiladoras-de-uma-fome-voraz que nem olham para as que parecem inofensivas porque são SÓ casadas, mães ou avós. 

Vou ver se me controlo, que acabaram de passar dois tipos debaixo da minha varanda, e, se eu não estivesse aqui a escrever,  já os teria roubado-destruído-os-seus-lares-devorado-loucamente-num-qualquer-vão-de-escada!!!

A vocês mulheres, que além de mães e professoras-advogadas-empregadas-de-balcão, também possuem um estado civil qualquer que não caracteriza a vossa maneira de estar na vida! 

Um brinde migas! E bom ano novo!!!