12/07/2013

Quem filhos tem, tem quem lhe quer bem

É óbvio que já me tinha apercebido antes. Não é por acaso que nos apaixonamos pelos nossos filhos. Acho que o facto de os sentir ali num sentimento reciproco ao nosso, também ajuda. 
E se o amor de mãe é incondicional, o de filhos também é! E desde que ando com as minhas (algumas) dificuldades (ainda hei de encontrar um nome melhor) da AR, tenho percebido o cuidado que eles têm comigo. 
Fartinhos de ouvir:
- Ajude a mãe que a mãe não consegue.
- Tem de ser a Gigi e trazer que a mãe está com dores.
- Cuidado, não façam força porque pode magoar a mãe.
Blá, blá, blá...
Dou com eles a terem a preocupação já genuína e espontânea sem eu ter que dizer nada.
Ontem eu estava a arrumar coisas na cozinha e o Vicente veio ajudar-me sem eu pedir nada. E nem sequer estava com dores! 
- Teté ajuda mãe! A mãe tem dóidói nas mãos!

Mas o que me matou mesmo foi quando fui pô-los na cama e a Gigi, depois de rezarmos diz...
- Mãe, agora preciso pedir uma coisa ao coração do Jesus...
- O quê querida?
- Jesus, faz com que a mãe fique boa dos ossos depressa e não tenha mais dores.

Ah! E o Vicente diz que me vai dar um Chekate côruroja de Pinxêja* para eu andar. Por isso, quem tem filhos assim, não precisa de mais nada!



*Skate cor-de-rosa de princesa

07/07/2013

Este post vai arrasar com o meu público Fashionista! (Se é que o tenho!)

Abriu uma loja Levi's no Cascaishopping.
Descobri que a marca não é apenas as 501 e os blusões jeans que eu usava com 14 anos...


04/07/2013

Artrite Reumatóide, este meu novo modo de vida!

Finalmente foi dado um nome a este bicho que se apoderou das minhas ossadas. Artrite Reumatóide. Basicamente uma doença que eu achava ser das velhotas. Mas não... Está desfeito o mito! 75% das pessoas com AR são mulheres e jovens adultas ou de meia idade. O bom desta merda é que apanhei a coisa no início e a medicina permite fazer tratamentos que ajudam a viver bem e sem dores. 
Este meu novo corpo de sereia, afinal não é atribuído ao meu esforço para emagrecer, mas também tem a ver com o bicho feio. É um dos sintomas. Nem tudo podia ser mau!
Outra boa notícia é que ainda há hipótese de ser um vírus. Já fiz mais uma catrefada de análises e no fim do mês já vou ter a certeza se é uma bicha que aqui anda a passear ou se vou ter de oficializar a relação com a doença para toda a eternidade. 
Neste momento, os corticóides têm sido os meus maiores amigos. Consigo passar o dia muito bem, pior mesmo é quando acordo, com as articulações rijas e doridas. Mas nada que umas adaptações ao nosso quotidiano não resolva. Em vez de pegar nos meus filhos ao colo com as mãos, ponho os meus antebraços por baixo dos braços deles e já consigo fazer força. Como não consigo cortar pão para o pequeno-almoço, nada que um pão de mafra fatiado não resolva. Atira-se a fatia de pão para a torradeira e já está! Roupas com muitos botões, não obrigada! A menos que queira ir meia nua para a rua ou que pegue numa tesoura para cortar a roupa ao meio à noite quando a quiser despir. Antes de dormir, certifico-me que tenho um pacote de leite aberto para não ter de fazer um esforço quase olímpico para rasgar a porcaria da pontinha do pacote pela manhã. Os meus filhos aprendem a comer a maçã com casca porque eu não a posso descascar, mas isso também lhes dá mais vitaminas, por isso, melhor! Vou fazendo as coisas mais devagar e adaptando os movimentos. Mas faço tudo! 
Encontrei o site da Sociedade Portuguesa de Reumatologia que me ajudou a tirar várias dúvidas e a relativizar a coisa. Afinal de contas, há sempre gente em pior estado do que nós, certo?
Agora é só encontrar um príncipe que sonhe com uma mulher coxa mas bem-disposta e que não se importe com as minhas mãos tortinhas daqui a uns anos. 
Daqui para a frente o lema é: Adiante que aí vem gente!

Se alguém aí desse lado tiver a mesma companhia ao longo dos dias e quiser partilhar truques e experiências, sinta-se em casa que eu vou querer ler tudinho!